ARTE EXPERIMENTAL, LENNON E A BEATLEMANIA
09/08/2011 15:17
2011-07-12 14:19
Uma obra de arte que não provoca emoção, sentimentos prazerosos, é apenas obra. A arte experimental, para mim, circunda este campo. Qual é o problema de não ser original, de repetir o que já foi feito, se esta "repetição" agrada aos sentidos e suscita prazer?
Na música, por exemplo, um interprete que não seja compositor (um instrumentista ou um cantor) está fazendo "arte copiada" ao interpretar uma música composta por terceiros?
O diferencial deve ser a emoção transmitida. Não simplesmente cruxificar quem não se arvora a enveredar pelos caminhos da novidade e do ineditismo, esquecendo que nossas emoções são comandadas pelo cérebro e que o cérebro é alimentado pelos cinco sentidos e que existem limitações físicas no corpo humano...
Arte conceitual, experimental, de vanguarda ou lá o que for, muitas vezes tangencia a charlatanice, mas uma charlatanice com curadoria...., com prestígo, e conforme o caso, com "assinatura valiosa" no mercado - mercado, diga-se de passagem, modelado pelos tais curadores, críticos e "entendidos"....
No parágrafo acima eu disse "muitas vezes", não disse "sempre". John Lennon, ao compor "Strawberry Fields" e “I´m the walrus" fez algo experimental, inovador. Utilizou sequências harmônicas pouco usuais que a mim causaram impacto positivo e que levaram a apreciar o talento criativo/inventivo de Lennon. Mas "Tomorrow never knows" e outras "fanfarronices" dele (experimentos, vanguardismos, texturas sonoras, conceitos), principalmente na sua carreira solo, apoiada pelos gritinhos da Yoko, me levam a afirmar que Lennon da Beatlemania, com seus covers de rock´n´roll e tudo mais, foi nota 10.
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